Na contemporaneidade, algumas árvores continuam a ter relevância econômica e ecológica. Umas das cepas é o jenipapeiro que tem se expandido devido ao interesse crescente em produtos naturais e orgânicos. Suas frutas são comercializadas em mercados locais e internacionais, enquanto o corante extraído do fruto ganha popularidade na indústria cosmética e têxtil.
E a outra é o ingazeiro, pertencente ao gênero Inga, é encontrado em uma vasta área que se estende do México até a Argentina. Com mais de 300 espécies catalogadas, a diversidade do gênero Inga é vasta, e suas árvores se adaptam a diferentes ecossistemas, desde florestas úmidas até regiões mais secas.
Das Américas são Conhecidas
O jenipapeiro e o ingazeiro são duas árvores nativas da América Latina que desempenham papéis importantes em suas respectivas ecologias e culturas. Suas histórias remontam a tempos ancestrais, quando eram amplamente utilizadas para diversos fins.
A planta do jenipapo, conhecido como Genipa americana, é originária das florestas tropicais da América Central e do Sul. Essa árvore se desenvolve em climas quentes e úmidos, em solos abundantes e bem drenados. Suas sementes são disseminadas principalmente por aves e mamíferos, que consomem seus frutos e dispersam os caroços.
O vegetal jenipapo pode atingir alturas de até 30 metros, com um tronco reto e folhas grandes e perenes. Suas flores são pequenas e brancas, reunidas em cachos, e se transformam em frutos de cor marrom, que contêm uma polpa suculenta e levemente ácida.
Já o ingazeiro pode variar consideravelmente em tamanho, com espécies que vão desde pequenos arbustos até árvores de grande porte. Suas folhas são compostas e pintadas, e suas flores, geralmente brancas ou amarelas, se agrupam em inflorescências alongadas. Os frutos são vagens alongadas, que contêm sementes envoltas por uma polpa adocicada e comestível.
O fruto do jenipapeiro era usado não apenas como alimento, mas também para a produção de bebidas fermentadas. Sua polpa, cheia de nutrientes, era consumida fresca ou transformada em sucos e geleias. Além disso, o sumo da fruta era utilizado como corante natural, e para a confecção de pinturas corporais.
Por outro lado, o ingazeiro fornecia uma fonte importante de alimento através de suas vagens, cujas sementes eram consumidas frescas ou torradas. As vagens também eram usadas como forragem para animais. A madeira da árvore, resistente e durável, era aproveitada na construção de moradias e na confecção de utensílios.
Da mesma forma, o ingazeiro é cada vez mais valorizado por seu papel na agrofloresta e na recuperação de áreas degradadas. Suas vagens contribuem para a alimentação de comunidades rurais e urbanas, e sua madeira é usada para arquitetura moderna.
Quanto a Proporção em Certos Ambientes
Devido ao porte e características de crescimento desses vegetais, não são as escolhas mais ideais para jardins verticais em ambientes domésticos ou de escritório. Pois, a metragem de altura, com um sistema radicular extenso, requer bastante espaço para crescer e desenvolver-se adequadamente. Além de condições de umidade que podem ser difíceis de replicar em um ambiente interno.
Semelhantemente a myrciaria glazioviana, pequena árvore frutífera com frutos amarelos e polpa doce. Cultivada principalmente no Brasil, em áreas tropicais. A pitanga eugenia uniflora é um arbusto com frutos vermelhos ou roxos, saborosos e com vitamina C. Normalmente cultivada na América do Sul.
Araçá é uma pequena árvore que produz frutos redondos e comestíveis, semelhantes a pequenas goiabas. Nativa do Brasil e cultivada em áreas tropicais. A uvaia pequena árvore que produz frutos amarelos e ácidos, usados em sucos e doces. Comum no sul e sudeste do Brasil.
A jabuticaba produz frutos doces, que crescem diretamente no tronco. Popular em regiões tropicais e subtropicais do Brasil. Plantas Semelhantes ao Ingazeiro. A moringa oleifera vegetal de rápido crescimento, cujas folhas, vagens e sementes são comestíveis e altamente nutritivas.
Guandu (cajan) leguminoso que produz vagens com sementes comestíveis, usadas em diversos pratos. Comum em áreas tropicais e subtropicais. Cresce em regiões tropicais e subtropicais.
Algaroba usada para alimentação animal e recuperação de áreas degradadas. Encontrada em regiões áridas e semiáridas. Libidibia ferrea de porte médio a grande, com madeira densa e vagens decorativas. Comum em áreas tropicais e subtropicais da América do Sul.
Embora essas plantas não sejam idênticas ao jenipapeiro e ao ingazeiro, elas compartilham algumas características semelhantes, como habitats tropicais, frutos comestíveis, e usos variados que vão desde a alimentação até a medicina tradicional. Cada uma dessas plantas possuem adaptações únicas que as tornam valiosas em seus respectivos ecossistemas e culturas.
Vegetais de Porte Maior para Ambientes Internos
Algumas espécies gigantescas comportam em casa e no escritório, sendo essencial escolher plantas que se adaptem bem a espaços internos, com requisitos de manutenção moderada e que possam se desenvolver em vasos, sacos, canecas e frascos.
A Jabuticaba (Plinia cauliflora) que produz frutos diretamente no tronco pode ser cultivada em vasos grandes e produz frutos atraentes e saborosos.
A moringa tem folhas e vagens altamente nutritivas e requer luz solar direta com regas moderadas e solo bem drenado. A vantagem é que é adaptável a vasos e pode ser mantida podada para controlar o tamanho. Suas folhas podem ser usadas em diversas preparações culinárias.
Arbusto leguminoso com vagens comestíveis como o guandu prefere solo bem drenado e regas regulares. Pode ser colocado em vasos e suas vagens são uma fonte de alimento nutritivo.
Algumas das plantas mencionadas, como o jenipapeiro, o ingazeiro, a cabeludinha, e a uvaia, são mais desafiadoras para os ambientes internos devido ao seu porte maior e necessidades específicas de luz e espaço. Embora possam crescer em vasos grandes durante a fase jovem, eventualmente precisarão ser transplantadas para o solo para um desenvolvimento em grande proporção.
A pitanga por exemplo pode chegar até 10 metros de altura, contudo, se houver acompanhamento assíduo da poda ela pode ser cultivada em vasos, tornando-se uma planta ornamental com frutos comestíveis e saborosos. Cabe lembra que essa espécie necessita de luz solar direta ou brilhante indireta com solo bem drenado. Sendo assim, use vasos grandes com boa drenagem para acomodar o crescimento das raízes. Utilize um substrato com matéria orgânica e bem drenado.
Posicione as plantas em locais com bastante luz natural e se forem plantadas em recipientes agregadas em locais fechados que fiquem perto de janelas. Mantenha a umidade do solo de acordo com as necessidades específicas de cada planta, evitando encharcamentos.
Tamanho dos Recipientes e Manuseios
A escolha do vaso é fundamental para a definição da extensão dos vegetais. Isso no contexto do tamanho, material, design do frasco e o desenvolvimento das plantas. Vasos pequenos são para ervas, suculentas e plantas de crescimento lento, com diâmetro e altura de até 15 cm. Vasos médios, com diâmetro e altura entre 15 e 30 cm, são adequados para plantas de porte moderado, como samambaias e peperômias. Já os vasos grandes, com diâmetro e altura superiores a 30 cm, são necessários para plantas maiores ou aquelas que precisam de espaço para raízes extensas.
Os materiais dos jarros podem ser de cerâmica, pois, oferecem boa drenagem térmica, mas podem ser pesados e quebradiços. Os de plástico são leves com boa retenção de umidade, ideais para plantas que precisam ser movidas com frequência.
Os de barro permitem a evaporação da água através das paredes, prevenindo o encharcamento, sendo bons para plantas que preferem solo seco. Vasos de metal são estéticos e modernos, mas podem aquecer rapidamente e causar problemas de drenagem se não tiverem furos adequados. Botelhas de madeira são naturais, porém, com impedimentos para o manejo.
Alcatruz autoirrigáveis possuem um reservatório de água que facilita a rega e mantém a umidade constante. Vasos suspensos são convenientes para espaços pequenos, permitindo que plantas pendentes se desenvolvam sem ocupar espaço no chão. Os empilháveis são para jardins verticais, otimizando o uso do espaço em áreas reduzidas.
A pitanga (Eugenia uniflora) para ambientes internos, recomenda-se o uso de vasos médios a grandes, com diâmetro de 30 a 40 cm. É aconselhável usar abertura na base e colocar uma camada de pedras ou cacos de cerâmica no fundo. O solo deve ser revestido em matéria orgânica e bem drenado, mantendo levemente úmido, mas sem encharcar.
Para a jabuticaba (Plinia cauliflora), é recomendado o uso de garrafas com diâmetro de pelo menos 40 cm. Vasos de barro ou cerâmica são preferíveis para permitir a transpiração do solo levemente ácido e bem aerado principalmente em climas quentes.
A moringa (Moringa oleifera) pode ser cultivada em vasos médios a grandes, com diâmetro de 30 a 50 cm. Vasos de plástico ou metal são preferíveis devido à necessidade de movimentação. A drenagem é importante e esse vegetal necessita de luz solar direta e deve ser regada moderadamente, deixando os penates secar entre as regas.
O guandu (Cajanus) pode ser em recipiente médio, com diâmetro de 25 a 35 cm. Jarras de plástico ou madeira tratada são adequados. Para evitar o acúmulo de água nas raízes, uma camada de material drenante (pedras, cacos de cerâmica) no fundo do vaso. Substrato adequado à planta específica.
Anteposição Solar
Plantas que preferem solo seco, como moringa, se beneficiam de substratos arenosos, enquanto aquelas que gostam de umidade, como jabuticaba, precisam de solos mais ricos em matéria orgânica.
Para vegetais que eventualmente precisarão ser movidos para o solo, é importante preparar um local adequado com antecedência. As podas regulares ajudam a controlar o tamanho e a forma da planta.
Seja a pitanga, jabuticaba, moringa ou guandu, com a planificação adequada, é possível criar um local verde e fremente em espaços internos, aproveitando as propriedades benéficas das plantas.
A incorporação dessas plantas em interiores transforma o espaço, criando um ambiente mais acolhedor, atraente e harmonioso. Elas adicionam um toque de natureza ao ambiente urbano, proporcionando uma sensação de acoplamento com o mundo natural, algo que muitas vezes falta nos espaços fechados e artificialmente iluminados das cidades.